Médicos do Samu ameaçam parar para receber salários atrasados

A equipe do Samu conta com cerca de 40 médicos, mas número ideal seria o dobro, segundo o Sindmed-BA
A equipe do Samu conta com cerca de 40 médicos, mas número ideal seria o dobro, segundo o Sindmed-BA

Após ficarem dois meses com os salários atrasados, e ainda sem receber o pagamento de dezembro, os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) decidiram dar um ultimato à prefeitura: querem a folha em dia e uma proposta concreta de concurso público para a categoria, ou entregam os cargos em 30 dias, o que na prática levaria à paralisação dos serviços.

Uma reunião com o prefeito está marcada para a próxima quarta-feira, 12, quando a categoria sai em passeata da sede da Associação dos Servidores Públicos, na Avenida Carlos Gomes, em direção à Praça Thomé de Souza.

Outros profissionais do Samu também insatisfeitos com as condições de trabalho, como enfermeiros e técnicos, prometem aderir à manifestação dos médicos. Apesar de os salários de outubro e novembro terem sido pagos na semana passada, os profissionais ainda não receberam o mês de dezembro.

Depois do ultimato, decidido em assembleia da categoria na última quinta-feira, o novo secretário municipal da Saúde, Gilberto José (PDT) se reuniu na tarde de sexta-feira, 7, com o coordenador do Samu, o médico Ivan Paiva.

Há três dias no cargo, o novo secretário ainda toma conhecimento do funcionamento do órgão, e ficou sabendo ontem da pauta de reivindicações. A secretaria agora tenta agendar uma reunião na próxima semana com os médicos do órgão, possivelmente no mesmo dia da manifestação.

Concurso - A equipe médica do Samu conta hoje com cerca de 40 profissionais, metade do que seria o ideal segundo o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed-BA), José Caires Meira. “Os médicos estão sobrecarregados”, diz.

A maioria dos profissionais atua sob condições precárias de trabalho, sem carteira assinada e direitos trabalhistas, recebendo como prestadores de serviço de uma empresa terceirizada. Por isso, uma das principais reivindicações da categoria é a realização de concurso. “É preciso remunerar de forma atrativa para ter as equipes funcionando. Ou a prefeitura melhora a proposta ou os médicos vão pedir o afastamento coletivo”, diz

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