Instalação de camarotes altera por 90 dias a rotina da cidade

Pedestres tem de driblar obstáculos nos circuitos da folia durante montagem dos camarotes
Pedestres tem de driblar obstáculos nos circuitos da folia durante montagem dos camarotes
As estruturas da maioria dos camarotes dos circuitos Dodô e Osmar do Carnaval de Salvador levam mais de 90 dias para ser montadas e desmontadas e alteram a rotina de moradores. A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), órgão que regulamenta as instalações, somente estabelece prazo para a desmontagem das estruturas, 20 dias contados após a Quarta-feira de Cinzas.
A empresa que descumprir o prazo de desmontagem de camarotes e praticáveis pagará a multa de R$ 2.040,23 por dia de infração. No Carnaval do ano passado, segundo informou o presidente da Sucom, Cláudio Silva, o órgão licenciou 51 camarotes e 39 praticáveis e não registrou nenhum descumprimento do decreto.
“Para atendermos à exigência da prefeitura, dobramos o número de trabalhadores. No camarote Planeta Band Othon, por exemplo, que é um dos maiores do Circuito Dodô (Barra-Ondina), para montar são 20 profissionais atuando; na desmontagem, trabalhamos com 40”, disse o arquiteto e técnico responsável da ST Estruturas, Homar Dourado. A empresa é responsável pela montagem das estruturas dos camarotes do Campo Grande, Bahia Flat, Barra Center e do Bahia Othon Palace. “Cada camarote tem uma necessidade de tempo; o tamanho e a área disponível no entorno são fatores que podem complicar ou facilitar tanto a montagem quanto a desmontagem”, destacou o arquiteto.
Mobilidade urbana - No último mutirão de fiscalização da Operação Pré-Carnaval 2012, realizado pela Sucom, no Circuito Dodô (Barra-Ondina), entre as notificações estavam a recuperação de passeio, a falta de licenciamento e a proibição do uso de marquise.
“O que estamos tendo é um processo de evolução na montagem dos camarotes, que são elementos importantes para a cidade. Se for analisar anos anteriores, veremos que houve  avanços ao longo do tempo e a fiscalização faz parte disso”, destacou o superintendente da Sucom, Cláudio Silva. Segundo ele, os mutirões de fiscalização vão ocorrer todas as quartas-feiras até o Carnaval, com a atuação de cerca de 70 homens.
Não existe um plano específico para garantir maior tranquilidade aos moradores, por outro lado, as empresas de montagem justificam a necessidade de fazer esse trabalho especializado com muita antecedência. “Por mais que incomode a cidade, buscamos fazer tudo com a máxima de rapidez para trazer tranquilidade à população”, garantiu o  diretor-chefe da Mitti Montagens, Renato Farias.
Segundo o superintendente Cláudio Silva, os camarotes são uma grande oportunidade para a cidade. “É um elemento de pluralidade dentro da folia. O camarote é o espaço de contemplação do Carnaval. Por isso, a cada ano buscamos melhorias para todos os envolvidos”, disse

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