A Polícia Federal contabilizou cerca de R$ 42,6 milhões e US$ 2,7 
milhões (R$ 8,4 milhões) nas malas apreendidas em um apartamento que 
seria utilizado como "bunker" pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima 
(PMDB-BA), em Salvador.
 O trabalho de contagem durou mais de 14 horas e sete máquinas foram 
utilizadas. A PF diz que é a maior apreensão de dinheiro em espécie da 
história.
 A operação, batizada de Tesouro Perdido, foi deflagrada na manhã desta 
terça (05) e é desdobramento de outra investigação, sobre fraudes em 
liberações de empréstimos na Caixa, a Cui Bono.
 Ex-ministro de Michel Temer, Geddel cumpre prisão domiciliar. Ele foi 
preso no dia 3 de julho, mas conseguiu um habeas corpus para cumprir a 
medida restritiva em sua residência, na capital baiana.
 Os valores apreendidos serão depositados em conta judicial.
 CUI BONO
 A operação apura a atuação de Geddel e outras pessoas na manipulação de
 créditos e recursos realizada em duas áreas da Caixa Econômica Federal.
 O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o corretor de valores Lúcio 
Funaro são também alvos da investigação, que começou no ano passado.
 Geddel é acusado de ter recebido R$ 20 milhões de propina em troca de 
aprovação de empréstimos no banco ou de liberação de créditos do FI-FGTS
 para beneficiar empresas.
 Na decisão judicial que autorizou a busca e apreensão no apartamento em
 Salvador, o juiz Vallisney Oliveira cita que o "bunker" pertence a uma 
pessoa de nome Silvio Silveira, que teria cedido tal imóvel para que o 
ex-ministro de Michel Temer pudesse guardar caixas com documentos.
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