Para driblar fantasma do desemprego, saiba as áreas que terão mais vagas em 2021

 

Setor de tecnologia terá alta
Setor de tecnologia terá alta Foto: MARTIN ABBUGAO / AFP

A pandemia provocou mudanças significativas em nossa sociedade, sobretudo no mercado de trabalho. Algumas áreas ganharam força, enquanto outras se enfraqueceram. O setor de tecnologia é um que se aqueceu e, de acordo com a 13ª edição do Guia Salarial da Robert Half, deve ficar ainda mais forte em 2021. As remunerações, no entanto, devem permanecer estáveis.

Entre as posições de destaque estão: segurança da informação, engenheiro de dados, desenvolvedores de softwares, infraestrutura/clound e Business Intelligence. Para se destacar, é preciso ter não só conhecimentos técnicos, mas também habilidades comportamentais como boa relação interpessoal, comunicação, visão de negócios, agilidade e inovação. Os salários nessa área são altos. Um gerente de dados com pouca experiência, por exemplo, pode começar com uma remuneração de R$ 18.150

Pelo estudo, a tendência é de que também permaneçam em alta as indústrias de saúde, agronegócio, infraestrutura e logística. Nos projetos em destaque, aparecem posições nas áreas de finanças e contabilidade, engenharia, jurídico, vendas e marketing, mercado financeiro, recursos humanos e seguros.

Na área de finanças, o principal desafio deve ser a redução de custos, seguido pela automação dos processos da área. Além de ter inglês fluente, dominar controle de riscos e planejamento tributário, também é importante possuir flexibilidade, resiliência, ter senso de dono e cultivar os relacionamentos. Um diretor financeiro numa grande companhia pode começar a jornada com renda mensal de R$ 50.900.

Também haverá espaço para posições menores, como analistas contáveis, com remuneração entre R$ 1 mil e R$ 5 mil; auditores, com salários de R$ 5.200 a 16.200; analista de tesouraria que pode ter um rendimento de R$2.750 a R$ 9.650. O trabalho remoto também parece que veio para ficar, já que 62% dos executivos afirmaram que tiveram uma experiência positiva nesse sentido durante a pandemia. Por isso, 74% dos empregadores apoiam contratar uma equipe híbrida.

Mais desempregados

Os brasileiros estão retornando à busca por oportunidade de trabalho, mas não estão encontrando. É o que indicam dados da Pnad Covid de setembro, divulgados ontem pelo IBGE. Desde maio, o número de desempregados cresceu 30,6%, atingindo 13,5 milhões no último mês. São mais 3,4 milhões no grupo de desocupados em cinco meses.

No mês passado, a taxa de desemprego subiu para 14%, no maior patamar desde maio. Em agosto, estava em 13,6%. A alta do desemprego era projetada por economistas, diante da flexibilização dos protocolos de distanciamento social por conta da pandemia e arrefecimento do impacto do auxílio emergencial. À medida que o indicador de distanciamento cai, o desemprego sobe. Mais de 400 mil pessoas entraram nas estatísticas de desemprego em apenas um mês. Abusca por emprego cresce em ritmo superior ao número de empregados.

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