Segunda onda na Europa é preocupante e prova que pandemia não acabou, diz médica

 

A médica infectologista Fabiane El-Far Sztajnbok, do Instituto de Infectologia Emilo Ribas, afirmou à nesta sexta-feira (16), que a segunda onda de casos de Covid-19 na Europa, que voltou a anunciar restrições, é "preocupante" e mostra que "a pandemia não acabou".

"É preocupante, sim. Esta segunda onda vem com bastante força, porque as medidas que eram necessárias para a abertura possivelmente não foram tomadas com tanto zelo quanto necessário. E isso está causando esse pico", afirma Fabiane.

Ela destaca que a imunização em proporção que garanta segurança ainda levará alguns anos, e que a opção é aprender a conviver com o novo coronavírus e a pandemia.


Casal de máscara em frente a ponto turístico em Roma

A Itália teve um curto renascimento no turismo doméstico este ano, mas não o suficiente para conter a queda no número de viajantes estrangeiros.

Foto: Manuel Silvestri/Reuters

"Convenhamos que vai demorar bastante até que exista uma vacina que tenha sido realmente bem testada e atinja a proporção mundial. Vão demorar anos até que a gente consiga imunizar a população inteira. Então, nos resta uma alternativa: conviver com a pandemia", defende.

Para a especialista, a nova onda de casos mostra que a abertura não foi feita com todas as medidas possíveis de prevenção, o que deve começar a ser trabalhado de forma mais intensa e eficaz.

Com algumas medidas como uso de máscara, distanciamento, ventilação de locais fechados e higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel, a médica acredita que "é possível conviver parcialmente e voltar a uma certa normalidade".

"Fazer isso significa ensinar corretamente a população, mas também vigiá-la para que os pontos mais importantes aconteçam – que o uso de máscara seja obrigatório, e que o distanciamento social seja um fato, que seja um ponto do nosso novo convívio social", pontua.

Convicta de que não é mais possível restringir o convívio social como no começo da pandemia, a médica ressaltou que "usar máscara é absolutamente fundamental" por proteger o ambiente e as pessoas em volta. "Sem isso, o risco é gigantesco para todos nós", acrescenta.

"Já que vamos conviver com isso por muito tempo, e esses números da Europa mostram que a pandemia não acabou, é fundamental que a gente aprenda a viver com ela", acrescenta.Fonte:CNN

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