Preso em operação, traficante que tinha vida de luxo no RJ chega a Salvador

 

Líder da facção Bonde do Maluco (BDM) na cidade de Madre de Deus, o baiano Edvaldo Marques Teixeira Júnior, 34 anos, conhecido como Vado Gordo, chegou na madrugada desta quarta-feira (17), em Salvador. Ele foi preso em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, na Operação Tupinambá.

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Vado veio em um voo comercial, algemado e custodiado por policiais civis da Bahia. Equipes da Coordenação de Operações Especiais (COE) realizaram a escolta.

"Concluímos mais uma etapa do nosso trabalho interagências e esperamos que esse indivíduo pague por todos os crimes cometidos", comentou a diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro.

Vida de luxo
Há pelo menos três anos, Vado morava em uma casa com piscina, churrasqueira e uma área ampla. Eventualmente, ele voltava à Bahia para cuidar dos seus negócios, mas sempre ficava por pouco tempo e de maneira sigilosa, quase sempre optando por se hospedar no Recôncavo. 
Vado Gordo se escondia em uma casa de classe média na Rua Projetada, bairro de Vila Santa Cruz. Ainda no Rio, o traficante pagou R$ 9 mil em espécie, no dia 4 de janeiro deste ano, para a realização do parto do seu filho
(Foto: Reprodução)

“Ele morava numa casa confortável, mas não tinha nenhuma renda. Nas nossas investigações, não encontramos nada de forma legal que justificasse a vida que levava. Isso não deixa dúvida que todas as suas despesas eram pagas com o dinheiro do tráfico”, pontuou Andréa Ribeiro. 

Com passagens por delegacias e pela cadeia, Vado Gordo tem uma extensa ficha criminal. Além de comandar a venda de drogas, planejava a mortes de rivais, o que faz o criminoso responder a pelo menos 20 processos na justiça baiana. Também é suspeito de envolvimento em roubos contra instituições financeiras.

“No curso das investigações, quando fomos fazer a escolha do alvo, notamos que ele (Vado Gordo) já respondia a vários processos criminais por tráfico e homicídio, e o mandado mais recente foi expedido no ano passado. Essa ação efetiva traz um alento para essas famílias, principalmente para aqueles que tiveram a vida dos seus entes queridos ceifadas. É essa resposta que a gente quer dar para a sociedade, que o crime não compensa”, declarou a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Andréa Ribeiro

Balanço final da operação
A operação Tupinambá, coordenada pela Polícia Civil, com participações da PM, DPT e Seap, terminou com 23 criminosos localizados. Foram dezoito mandados de prisão cumpridos, sendo que dois dos foragidos entraram em confrontos com as forças de segurança e acabaram não resistindo.

Outros cinco integrantes dos bandos acabaram presos em flagrantes. Com eles foram apreendidos duas submetralhadoras calibre 9mm, uma pistola calibre 380, um revólver calibre 38, carregador, munições, porções de maconha, cocaína e crack, além de 13 mil reais.

Correio 24 horas

 

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