Tiroteio nos EUA em pátio de VLT no Vale do Silício, na Califórnia, deixa mortos; criminoso se matou

Um assassino abriu fogo em um pátio de VLT — veículo leve sobre trilhos — nesta quarta-feira (26) em San Jose, na Califórnia, informou a polícia, em mais um caso de violência com armas nos Estados Unidos. Oito pessoas morreram. O autor do crime se matou em seguida.

Ataque a tiros deixa mortos na Califórnia, EUA

Autoridades locais disseram à agência Associated Press que o assassino é um homem de 57 anos que trabalhava na Valley Transportation Authority — empresa de transporte público com VLTs e ônibus do sistema do Vale do Silício. Investigadores ainda tentam entender a motivação do ataque.

Além disso, segundo o Xerife do Condado de Santa Clara, uma casa de dois andares que pertencia ao assassino foi incendiada pela manhã. Não se sabe se há relação desse incêndio com o ataque a tiros.

Em nota, o presidente Joe Biden lamentou o assassinato e ordenou que as bandeiras americanas fiquem em meio mastro, como nos outros recentes tiroteios nos EUA. O democrata pediu que o Congresso "tome atitude imediata e atenda ao pedido do povo americano, inclusive a maioria dos detentores de armas, para acabar com essa epidemia de violência" no país (saiba mais sobre a pressão de Biden ao Congresso no fim da reportagem).

"Toda vida tirada por uma bala perfura a alma de nossa nação. Podemos e devemos fazer mais", disse Biden.

Em mensagem nas redes sociais, o prefeito de San Jose, Sam Liccardo, lamentou também lamentou o crime:

"Nossos corações sentem a dor pelas famílias daqueles que perdemos nesse tiroteio horrível".

É o segundo assassinato a tiros em massa no condado de Santa Clara em menos de dois anos. Em julho de 2019, um homem matou três pessoas e se matou em seguida durante um festival em Gilroy, perto de San Jose.

'Epidemia de violência'

No sábado (22), um tiroteio em uma festa em Nova Jersey deixou duas pessoas mortas e ao menos 12 feridos.

Em abril, o presidente americano, Joe Biden, havia anunciado uma série de medidas de controle contra o que ele classificou na ocasião como uma "epidemia de violência com armas de fogo" nos Estados Unidos.“A violência com armas de fogo neste país é uma epidemia. E é uma vergonha internacional", disse Biden. "É uma epidemia, pelo amor de Deus, e tem que acabar."

Antes de apresentar uma série de ordens executivas, o presidente democrata também classificou a violência armada nos EUA como uma "crise de saúde pública" que onera os cofres públicos em cerca de US$ 280 bilhões anualmente.G1

Veja, abaixo, algumas das medidas anunciadas:

• aumento de restrições às chamadas "armas fantasmas" e acessórios para armas comuns;
• incentivo aos estados para removerem temporariamente o porte de armas para pessoas que representem riscos a si mesmos ou a outros;
• acompanhamento maior sobre o tráfico de armas de fogo;
• e investimento em programas de intervenção dentro de comunidades com altos índices de violência.