Caminhoneiro é preso depois de celebrar a morte de agentes da PRF

Agente da Polícia Rodoviária Federal em posto da corporação 

Um caminhoneiro foi preso depois de supostamente celebrar, em um áudio de WhatsApp, o assassinato de dois policiais rodoviários federais durante o trabalho. Os profissionais foram mortos a tiros enquanto patrulhavam em uma BR em Fortaleza (CE). O motorista divulgou a comemoração pelo aplicativo de mensagem e acabou detido em Hidrolândia (GO).

Na mensagem, ele se queixa das fiscalizações da corporação e diz que a PRF não deixa os caminhoneiros trabalhar. “Eu acho é pouco. Morreu só dois?”, questiona, logo no início. Segundo o motorista, a corporação deveria passar por uma “limpeza”. Na sequência, ele diz que os agentes implicam “com tudo”.

 É bom pra ver se quietam o facho”, dispara o caminhoneiro, antes de proferir xingamentos contra policiais da corporação. O motorista de caminhão foi preso por apologia do crime e porte de maconha. Os assassinatos aconteceram na manhã desta quarta-feira (18), no Ceará. Um homem atacou os agentes Márcio Hélio Almeida de Sousa, 53 anos, e Raimundo Bonifácio do Nascimento Filho, 43, durante uma abordagem policial.

O autor dos diparos caminhava pela rodovia, e os policiais rodoviários decidiram tirá-lo do local para evitar um atropelamento. Quando foi abordado, ele entrou em luta corporal com os agentes e os baleou.

Nota de pesar

De acordo com a nota de pesar divulgada pela corporação, Márcio Hélio Almeida de Sousa trabalhava na instituição havia 15 anos. Ele deixou mulher e um filho. Márcio “nasceu em Baturité (CE), e atuou em diversos setores da PRF, com lotação no Ceará e em Roraima”, informou a PRF.

Já Raimundo Bonifácio do Nascimento Filho era policial rodoviário federal havia 17 anos. Ele deixou a mulher e duas filhas. Raimundo “ingressou na PRF em 2005. Ele é natural de Viçosa (CE), e atuou nos estados do Maranhão, Roraima e Ceará”, afirmou a instituição.

“A PRF apura o caso em conjunto com as demais forças de segurança responsáveis, tendo sido criado um gabinete de crise para acompanhamento da ocorrência. O falecimento dos nossos policiais entristece toda a instituição. Manifestamos nossa sincera solidariedade e irrestrito apoio à família, desejando conforto também a familiares e amigos neste momento de dor”, encerra a nota de pesar.

De acordo com a corporação, o caminhoneiro assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência,  comprometendo-se a responder na Justiça por apologia do crime e posse de drogas. 

R7

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