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Foto: Reprodução/Arquivo pessoal | Por Redação |
A
jovem Kaila Conceição, de 22 anos, foi vítima de violência obstétrica
em um hospital da cidade de Entre Rios, a cerca de 143 quilômetros de
Salvador. A mulher passou por três cirurgias e ainda não pode segurar a
filha, de 1 ano cinco meses, no colo.
Segundo
informações do Jornal Correio, o médico Mário Olímpio Pereira Neto usou
uma técnica para acelerar o parto, Kristeller, e realizou um corte sem o
consentimento da vítima. Os avós de Kaila fizeram uma denúncia em uma
delegacia do município.
“Eu
tinha minha saúde ótima. Sai de casa para parir, algo tão normal todo
dia, e pegar um irresponsável desse, que quase me matou. Foi uma
situação muito pesada, nenhuma mulher merece”, revelou Kaila.
O
caso aconteceu no Hospital Municipal Edgar Santos, enquanto Kaila
espevara a regulação para uma maternidade. "Chegando, fui atendida e
disseram que tinha que ser internada. Depois veio o médico que fez meu
parto", disse. Segundo a vítima, ela tinha dois centímetros de dilatação
quando o médico disse que ela já estava "pronta para parir".
Por
conta da violência sofrida no parto, a jovem já realizou mais três
cirurgias: colonoscopia, reconstrução do trânsito intestinal e reparação
do cólon. Os procedimentos foram feitos em Salvador.
"Isso
não é somente erro médico, pura e simplesmente, é uma grave violência
obstétrica que resultou em graves consequências. O procedimento ficou
parado, nem se transformou em ação penal", disse a advogada de Kaila,
Mônica Santana. "Ele destruiu ela e a família de muitas formas",
completa.
O
Hospital Municipal Edgar Santos demitiu o médico, que não é obstetra,
mas sim clínico geral. Mário Olímpio responde a processo ético
disciplinar do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb). O caso
está sendo investigado pelo Ministério Público da Bahia.
Fonte: Varela Net
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