A jornalista Glória Maria morreu na manhã desta quinta-feira (2/2), no Rio de Janeiro. A notícia foi divulgada pela TV Globo, onde a profissional trabalhava há 50 anos, por meio da jornalista Ana Paula Araújo, durante o jornal “Bom Dia, Brasil”.
“É com muita tristeza que anunciamos a morte de nossa colega, a jornalista Glória Maria”, diz a nota da emissora, informando ainda a causa do falecimento:
“Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com êxito inicialmente. Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio.”
Glória deixa duas filhas, as soteropolitanas Laura e Maria, de 14 e 15 anos.
PIONEIRISMOS
A carreira da jornalista foi marcada por pioneirismos e quebra de barreiras. Foi a primeira repórter a entrar, ao vivo e em cores, no Jornal Nacional, em 1977, e também inaugurou a era em alta definição da televisão brasileira.
Glória também era conhecida pelos diversos passaportes carimbados. Viajou para mais de 100 países, apenas para o Fantástico, passando pela Europa, África e parte do Oriente.
Outros fatos inéditos, contudo, foram difíceis, como quando foi a primeira pessoa no Brasil a usar a lei Afonso Arinos, contra o racismo, ao ser barrada de entrar em um hotel por ser uma mulher preta. “O racismo dói na alma”, disse, anos depois, em entrevista para o arquivo da Globo.
Aratu
0 Comentários