Se os bebês reborn e os ‘adultos’
reborn já causam estranheza, as novidades ficam mais complicadas com a
chegada das ‘ficantes’ reborn.
Em
Berlim, na Alemanha, um projeto artístico deu origem ao Cybrothel, um
bordel futurista que mistura bonecas sexuais, inteligência artificial
(IA) e realidade virtual para encontros “íntimos”.
Com
valores considerados acessíveis e uma variedade que vai de interações
simples a proveitos mais elaborados, o Cybrothel levanta questões sobre
ética, misoginia e os efeitos da tecnologia na forma como se vive (e
consome) a sexualidade.
Público e consumo
Pelo
menos 99% do público é masculino e muitos deles possuem parceiras
reais, segundo Philipp Fussenegger, criador do espaço. “É um espaço para
explorar fantasias sem trair”, explicou ao portal The Independent.
As
bonecas, feitas de silicone, são programadas para se comportarem de
acordo com o gosto do cliente e algumas, como a Red, oferecem simulações
que vão de posições específicas a fluidos corporais por um valor a
mais.
O serviço completo ainda conta com o uso de óculos de realidade virtual e, em algumas situações, até dublagem ao vivo.
Estilo das bonecas
As
opções atuais incluem 18 modelos, todas seguindo um padrão
hipersexualizado: traços infantis, curvas exageradas e pele impecável.
Para os críticos, o visual levanta um questionamento sobre a
objetificação do corpo feminino e a normalização de alguns estereótipos.
Antes
mesmo de viver a experiência, a pessoa pode conversar com as bonecas
através de chatbots com IA. O Cybrothel já testou essas ferramentas como
uma etapa preliminar.
Isso
se conecta a uma tendência que só cresce: plataformas como Replika e
até o próprio ChatGPT têm sido usadas para interações sexuais; na
maioria das vezes, a prática burla os filtros de segurança.
A
falta de regras específicas piora o problema. Crianças podem ter acesso
a conteúdos impróprios e, em alguns casos, as ‘ficantes’ reborn podem
revelar fantasias com forte teor violento. No Reino Unido, já se discute
a implementação de verificações de idade obrigatórias, mas
especialistas alertam que só isso não é suficiente.
Enquanto
parte da sociedade tenta entender (ou barrar) esse tipo de “revolução”,
há quem planeje ir além, desenvolvendo robôs sexuais com respostas e
movimentos ainda mais próximos da realidade.
Fonte: BNews
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