O chanceler austríaco, Christian Stocker, chamou o ataque de "hediondo" e "tragédia nacional", e confirmou que quatro homens e seis mulheres morreram no ataque, entre eles o atirador, um ex-aluno que tirou sua própria vida. Outros 12 ficaram feridos, alguns em estado crítico. "Este é um dia sombrio na história de nosso país", disse Stocker, que declarou três dias de luto oficial.
Duas armas foram utilizadas no ataque, segundo a polícia. Ainda não se sabe os motivos, estão investigando. Mais de 300 policiais responderam à escola, dos quais 56 deles chegaram em poucos minutos após , isolaram o local e rapidamente controlaram a situação.
A polícia do estado de Estíria, onde a cidade está localizada, confirmou as 10 mortes, incluindo o atirador, e afirmou há "vários" gravemente feridos, mas sem especificar o número. A prefeita de Graz, Elke Kahr, chamou o ataque de "tragédia horrível" e afirmou que adultos e estudantes estão entre os mortos, e que diversas vítimas foram levadas ao hospital. Já o presidente, Alexander Van der Bellen, falou em "horror que atinge o coração" da Áustria.
O Ministério do Interior também confirmou o ataque, ocorrido por volta das 10h no horário local (5h em Brasília). A polícia austríaca disse ter controlado a situação no local e que o autor do ataque, um ex-aluno, agiu sozinho e teria tirado sua própria vida.
A agência de notícias austríaca APA afirmou que 10 pessoas morreram no ataque. Citando a polícia local, a emissora estatal "ORF" informou que várias pessoas ficaram gravemente feridas, entre elas alunos e professores. O jornal "Kronen Zeitung", um dos maiores da Áustria, reportou 10 feridos.
Equipes de resgate chegam a escola onde atirador deixou mortos e feridos em Graz, na Áustria, em 10 de junho de 2025. — Foto: Kleine Zeitung via AP
A escola foi evacuada e as autoridades austríacas controlaram a situação, segundo a polícia de Estíria. A polícia estadual disse que respondeu ao ataque a uma escola de ensino médio após denúncias de "disparos ouvidos em um edifício". Os estudantes da escola foram levados pela polícia para um ponto de encontro com os pais.
O jornal austríaco "Salzburger Nachrichten" também relatou que o autor do crime seria ex-aluno da escola, chamada Borg Dreierschützengasse, e teria 22 anos. No ataque, ele teria utilizado duas armas, uma pistola e uma espingarda —compradas legalmente—, e atirado contra alunos de sua antiga turma, segundo a reportagem.
A Polícia Criminal austríaca abriu uma investigação para apurar detalhes do caso a possível motivação do crime.
A Áustria tem uma das populações civis mais armadas da Europa, com cerca de 30 armas de fogo a cada 100 pessoas, segundo o Small Arms Survey, um projeto de pesquisa independente.
"É incompreensível e insuportável. Minha solidariedade e meu luto vão para as vítimas e suas famílias. Ninguém consegue imaginar esse sofrimento; como mãe de três filhos, isso parte meu coração", escreveu no X a ministra austríaca para Assuntos Europeus e Internacionais, Beate Meinl-Reisinger.
A ministra das Relações Exteriores, Beate Meinl-Reisinger, lamentou o ataque, que chamou de "massacre".
O ministro do Interior, Gerhard Karner, disse que irá a Graz nas próximas horas, segundo a "ORF".
Metralhadoras e espingardas de ação por bombeamento (pump action) são proibidas na Áustria, enquanto revólveres, pistolas e armas semiautomáticas são permitidos apenas com autorização oficial. Rifles e espingardas são permitidos com uma licença de armas ou licença válida de caça, ou ainda para membros de clubes tradicionais de tiro.
Quatro pessoas morreram e 22 ficaram feridas quando um jihadista condenado abriu fogo no centro de Viena em 2020. Em novembro de 1997, um mecânico de 36 anos matou seis pessoas na cidade de Mauterndorf antes de tirar a própria vida.
Policiais em frente a escola onde atirador abriu fogo contra alunos e deixou mortos e feridos em Graz, na Áustria, em 10 de junho de 2025. — Foto: Kleine Zeitung via AP
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