Disparo de arma de fogo deixa uma mulher ferida no Rio Vermelho

Largo do Rio Vermelho

Um disparo de arma de fogo deixou uma mulher ferida, na manhã de sábado (26), no Rio Vermelho. De acordo com as polícias Militar e Civil, o autor do disparo é um policial militar.

O caso aconteceu em um estabelecimento comercial no bairro. Não foi informado pelos órgãos de segurança o nome do estabelecimento ou a rua onde ele está localizado. Após o disparo, agentes da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Rio Vermelho) realizaram diligências na região e em unidades de saúde em busca de possíveis vítimas, mas não encontraram.

Só que, posteriormente, uma mulher foi até uma unidade policial e relatou que ficou ferida por estilhaços do disparo. Além dela, segundo a Polícia Civil, testemunhas também foram ouvidas e diligências seguem em andamento para esclarecer as circunstâncias do fato.

O policial militar que seria o autor do disparo já foi identificado. Mas, nenhuma das duas forças informou o nome do agente ou se ele foi ouvido.

A Polícia Militar afirmou que "acompanha a apuração, colaborando com as investigações e adotando internamente os trâmites disciplinares previstos".

O órgão acrescentou que "reafirma seu compromisso com a legalidade, a ética profissional e a devida responsabilização de seus integrantes, sempre que identificadas condutas incompatíveis com os preceitos que regem a atividade policial".

Movimento no largo de Santana no Rio Vermelho por Marina Silva/ CORREIO

Movimento no largo de Santana no Rio Vermelho por Marina Silva/ CORREIO

Insegurança no bairro boêmio

A falta de segurança no Rio Vermelho foi um dos motivos apontados por frequentadores do bairro boêmio para justificar o afastamento do público no local, frente a outros espaços da cidade.

“A região da Dinha, que é a que mais frequento, acabou perdendo o brilho que tinha antes. Antigamente, você poderia só ir para a rua sem necessariamente entrar em lugar nenhum e, mesmo assim, conseguir se divertir com amigos na balaustrada. Hoje em dia não conseguimos nos divertir na madrugada por dois motivos: todo mundo está em algum local fechado e existe o perigo de ser assaltado por causa das ruas mais vazias”, afirmou o designer Erick Santos, 23, que é frequentador de diversos estabelecimentos na região.

Nos últimos dias, estruturas metálicas em formato de espinhos foram instaladas na região no intuito de coibir o roubo de fios junto às antenas de 5G. Com um dispositivo anti-trepação, comumente usado para impedir que pessoas escalem os postes, as hastes dificultam a subida e são uma medida de segurança contra casos do tipo registrados no bairro.

Neste ano, o Rio Vermelho também já foi assunto pela insegurança para o público LGBT, que estava sendo alvo de assaltos ao solicitar o serviço de transporte por aplicativo via moto. Na grande maioria dos casos, após solicitarem as ocorridas em locais frequentados por LGBTs, as vítimas eram seguidas e abordadas ainda durante o trânsito por motoqueiros armados que visavam roubá-los. 

Correio

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