A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou, em nota, que todos os casos estão sendo investigados internamente pela direção da unidade, com abertura de procedimentos administrativos.
Os presos envolvidos foram identificados e podem ser submetidos a sanções disciplinares, incluindo a comunicação ao juízo da execução penal. As investigações criminais ficam a cargo da Polícia Civil.
A secretaria reforçou que, em todas as ocorrências, os policiais penais adotaram os procedimentos previstos e acionaram os órgãos competentes para investigação e responsabilização dos envolvidos.
Os casos de violência
Na noite de domingo (6), o detento Luiz Eduardo Barbosa, de 28 anos, foi encontrado vida em uma cela da Ala 1. De acordo com o registro da ocorrência, ele apresentava ferimentos na face, olhos e cortes no pescoço.
Dois presos da mesma cela assumiram a autoria do homicídio, mas não explicaram a motivação do crime.
Horas antes, ainda no domingo, outro interno ficou ferido após ser agredido com cortes profundos no rosto em uma da Ala 3.
O agressor também se apresentou espontaneamente e afirmou ter atacado o colega após uma discussão. A vítima foi socorrida ao Hospital São Judas Tadeu, em Ribeirão das Neves.
No sábado (5), outro detento foi internado em estado grave após ter sido espancado em uma cela da Ala 2. Segundo relato de outro preso, o ataque aconteceu porque a vítima estava se masturbando enquanto observava a movimentação das visitantes no pátio da unidade.
Já na sexta-feira (4), Douglas José dos Santos Cunha, de 37 anos, foi encontrado morto na Ala 1. Ele estava com o rosto ensanguentado e uma manga de blusa amarrada ao pescoço.
Dois colegas de cela confessaram o assassinato. O corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) após a perícia da Polícia Civil.
O Ministério Público de Minas Gerais informou que acompanha a apuração dos casos por meio da Promotoria de Justiça de Execução Penal de Ribeirão das Neves. Além disso, acompanha a apuração das mortes recentes citadas no fim reportagem registradas no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, em Belo Horizonte, por meio da Promotoria de Execução Penal da capital.

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Episódios anteriores
Os novos casos aconteceram poucos dias depois de episódios semelhantes na própria unidade de Ribeirão das Neves e outros dois no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, em Belo Horizonte.
G1
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