Governo brasileiro mudou percepção sobre Trump após americano reagir à fala de Lula na CNN

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 A percepção do governo brasileiro sobre a crise com Donald Trump mudou desde o dia em que a Casa Branca reagiu de forma imediata à entrevista em que Lula disse que o norte-americano não foi eleito para ser “imperador do mundo”.

Em questão de minutos, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que, ao contrário, Trump era o “líder do mundo livre”.

A resposta quase imediata, segundo integrantes do governo, mostrou que o Brasil é hoje prioridade para Trump, e não apenas mais um dos tantos países também ameaçados pelo norte-americano.

De acordo com uma autoridade que tem interlocução direta com o petista, os EUA não têm sido claros no que pretendem, levando à mesa pontos inegociáveis como o fim do inquérito contra Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal).

A investigação sobre práticas comerciais injustas, que poderia trazer maior clareza, deu a impressão contrária, de que Trump foi ‘catando tudo’ para juntar em um pacote incompreensível.

A conclusão, até agora, foi a de que o governo dos EUA não pretende fazer negociação de pontos concretos.

Por essa visão, Trump pretende, na verdade, enfraquecer o governo Lula, que não tem alinhamento automático com ele e busca um multilateralismo que tira o Brasil da esfera de uma incontrastável influência norte-americana.

É uma investida também contra o STF, que recém-enquadrou as big techs norte-americanas em regras legais que elas consideram inaceitáveis.

Mônica Bergamo/Folhapress

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