O
Tribunal do Júri da comarca de Paulo Afonso condenou, em decisões
distintas, seis homens por homicídios qualificados cometidos em Paulo
Afonso. Segundo as acusações do Ministério Público do Estado da Bahia,
sustentadas nos Júris realizados na última semana pelo promotor de
Justiça Audo Rodrigues, os crimes foram cometidos por motivos torpe e
com recursos que impossibilitaram a defesa das vítimas.
Um dos crimes ocorreu em setembro de 2011, quando os irmãos Anderson
Caetano da Silva e André Luiz Caetano da Silva assassinaram Fabíola
Souza Costa. Ela estava grávida de quatro meses quando foi assassinada
pelos irmãos após desentendimento numa confraternização familiar. As
investigações apontam que a mulher foi morta com um disparo de arma de
fogo após sofrer agressões físicas. O crime foi presenciado pelo filho
dela de apenas sete anos de idade. Os irmãos foram condenados, na
quinta-feira (24), a 28 anos de prisão.
Na quarta-feira, dia 23, Alex Trindade Damasceno e Mário Rodrigues de
Oliveira foram condenados pelo homicídio de um adolescente de 17 anos de
idade, morto com diversos tiros em maio de 2023. O crime ocorreu
durante o dia, em frente à pousada onde a companheira da vítima
trabalhava e motivado por suposta disputa ligada ao tráfico de drogas.
Alex Trindade foi condenado a 27 anos, 3 meses e 15 dias de prisão,
enquanto Mário Rodrigues cumprirá 29 anos e 9 meses de reclusão, ambos
em regime fechado.
Renilson Santos Lisboa foi julgado na terça-feira, dia 22, e também condenado pelo crime de homicídio. Segundo a denúncia do MPBA, ele assassinou Edmilson Martins da Silva em outubro de 2021, por conta da disputa de território pelo tráfico de drogas em Paulo Afonso. O réu, sustentou o promotor de Justiça Audo Rodrigues, planejou, atraiu e executou a vítima com vários tiros de arma de fogo. Edmilson Silva foi assassinado nas imediações de sua residência por Renilson Lisboa, que era namorado da enteada da vítima. Renilson Lisboa foi condenado a 30 anos de prisão.
Feminicídio
Um outro homem foi condenado por tentativa de feminicídio pelo Tribunal
do Júri de Paulo Afonso. Victor Hugo Soares Farias deverá cumprir 24
anos e sete meses de prisão por tentar assassinar sua companheira,
Lucilene Maria da Silva. Segundo sustentou o promotor de Justiça Audo
Rodrigues, o crime foi cometido em março de 2021, no município de
Glória.
As investigações apontam que Victor Hugo já havia submetido a
companheira a reiterados episódios de violência física, ameaças e
cárcere privado. No momento do crime, Lucilene Maria estava com o filho
de sete meses no colo. Ela recebeu um tiro pelas costas e, segundo a
denúncia do MPBA, não morreu por circunstâncias alheias à vontade de
Victor Hugo.
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