A Venezuela anunciou nesta terça-feira (19) a suspensão e proibição de todas as atividades relacionadas a aeronaves remotamente pilotadas e não pilotadas — como drones — para "salvaguardar a segurança" nacional.
A medida acontece em meio à tensão com os EUA. Na última segunda-feira (18), o governo Trump enviou navios de guerra para a costa Venezuelana como parte de um esforço para enfrentar ameaças dos cartéis de droga da América Latina, afirmando que vai usar "toda força" contra Maduro.
Um funcionário americano afirmou que além dos navios, 4 mil marinheiros e fuzileiros estavam comprometidos com os esforços da administração Trump na região sul do Caribe.
De acordo com a Casa Branca, a ação militar visa conter ameaças designadas como "organizações terroristas globais" em Washington.
"Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas. Trump está preparado para usar toda a força americana para deter o tráfico de drogas", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
A resolução do regime de Maduro prevê suspensão da venda, fabricação, distribuição e operações de voo dos dispositivos remotamente aéreos em todo país por 30 dias, que podem ser renovados posteriormente.
Apenas os dispositivos de segurança pública e de defesa nacional estão isentos da proibição.
"O governo nacional reafirma seu compromisso com a proteção do espaço aéreo venezuelano e a preservação da segurança geral do país", diz o comunicado divulgado no site do governo venezuelano.
Em 2018, o presidente venezuelano Nicolás Maduro teve seu discurso interrompido após drones explodirem no local. Seguranças protegeram Maduro com escudos à prova de balas. Na ocasião, o chefe de Estado não ficou ferido e acusou, sem provas, os EUA e a Colômbia de estarem por trás do ataque, descrito por ele como um "atentado".
CNN
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