
A ausência do procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante as sustentações orais de advogados de réus na tarde desta terça-feira (2), na sessão de julgamento da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal), foi criticada por alguns dos defensores.
Após participar na parte da manhã e ler sua peça de acusação, Gonet deixou como representante na sessão da tarde o subprocurador-geral da República, Paulo Vasconcelos Jacobina.
Advogado do ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, Demóstenes Torres mencionou a ausência em sua sustentação oral. Ele disse que tinha preparado uma homenagem ao PGR, mas, na falta dele, pediu a Jacobina que transmitisse seus abraços ao procurador-geral da República.
Sob reserva, um advogado avaliou que o PGR foi “indelicado”. Outro afirmou que Gonet deveria ouvir o que as defesas têm a falar sobre a acusação e observou que “faltou deferência aos advogados”.
A assessoria da PGR informou que Gonet foi ao julgamento apenas para fazer a sustentação oral e que as sessões das turmas normalmente são feitas por outros membros do órgão.
Jacobina permaneceu porque em todas as sessões é necessário ter um representante do Ministério Público.
Fábio Zanini/Danielle Brant/Folhapress
0 Comentários