
A idosa Marli Macedo dos Santos, 60 anos, morreu após ter a casa invadida por integrantes de uma facção que trocava tiros com rivais em Costa Barros, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira (27). Segundo informações da Polícia Militar, traficantes do Comando Vermelho (CV) tentaram tomar, a partir do Complexo do Chapadão, o Complexo da Pedreira, sob domínio do Terceiro Comando Puro. O TCP revidou a tiros, e os homens do CV recuaram.
Na fuga, dois criminosos do CV ficaram encurralados pelo TCP e invadiram uma residência. Homens do TCP cercaram esse imóvel, e houve novo tiroteio — até granadas foram atiradas. Nesse confronto, um dos invasores acabou atirando na moradora da casa invadida. Marli foi baleada na cabeça e chegou a ser levada para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu. Além dela, outras três pessoas morreram em confrontos entre facções rivais em Costa Barros. Dois dos mortos são moradores. As informações são do G1 RJ.
Além da idosa que teve a casa invadida por criminosos, houve ainda um homem que estava saindo de um pagode. Elison Nascimento Vasconcelos, 33, foi atingido no peito quando saía de um pagode em outro ponto do Complexo da Pedreira. Ele foi levado para o Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, onde morreu. Segundo o pai, Elison trabalhava numa empresa e nas horas vagas fazia corridas de mototáxi.
A PM foi chamada para conter o conflito, e dois suspeitos acabaram mortos, e outros três, presos. Entre eles, o homem que invadiu a casa de Marli. Os agentes ainda apreenderam sete fuzis e encontraram seis carros que haviam sido roubados. Durante o confronto, clientes e funcionários de um comércio da região precisaram se abrigar na cozinha e no banheiro do estabelecimento. Uma caixa d’água foi atingida por disparos. Ninguém se feriu.
Enquanto fugiam da Pedreira, bandidos roubaram o carro de um grupo de pagode que vinha de um show. No confronto dos criminosos com a polícia, o veículo foi atingido por vários tiros. “Muito complicado você ser abordado com arma no seu rosto, ter seu veículo roubado, sem saber se você vai conseguir chegar em casa. Não tem explicação”, contou o motorista ao G1 RJ.
Ainda segundo ele, os bandidos falaram que queriam o veículo e que depois eles podia recuperá-lo, porque eles iam abandonar. "Deixamos tudo para trás, instrumentos, telefones, tudo”, narrou.
Correio
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