O jiu-jítsu é uma ferramenta poderosa de autoconhecimento e empoderamento para mulheres (Imagem: Mike Orlov | Shutterstock)

Mais do que uma arte marcial, o jiu-jítsu é uma ferramenta poderosa de autoconhecimento e empoderamento para mulheres. É o que defende Carina Santi, campeã mundial, faixa-preta e fundadora da Almeida JJ Women & Kids Premium, academia voltada exclusivamente para o público feminino e infantil.

“O jiu-jítsu ensina a mulher a usar a técnica e a inteligência, e não a força. Ela aprende a reconhecer riscos, se posicionar e reagir com segurança, e o verdadeiro empoderamento está em perceber que é capaz de se proteger e ocupar seu espaço com confiança e respeito”, destaca Carina Santi.

1. Autodefesa e empoderamento

O jiu-jítsu é uma das artes marciais mais eficazes quando o assunto é autoproteção. Por meio das técnicas, a mulher aprende a usar o próprio corpo com inteligência, entendendo como se defender sem depender da força física. “A autodefesa é o primeiro passo para o empoderamento real. A mulher passa a se sentir segura, capaz e preparada para reagir diante de qualquer situação”, explica Carina Santi.

2. Confiança e autoestima

Cada treino é um desafio superado e isso reflete diretamente na autoconfiança. “Quando uma mulher entra no tatame e supera o medo, o cansaço ou a insegurança, ela se redescobre. O jiu-jítsu fortalece o corpo, mas principalmente a mente: faz a mulher se ver com mais amor, coragem e respeito por si mesma”, afirma Carina Santi. Essa força interna adquirida no treino se transfere para o cotidiano, transformando a forma como ela se enxerga e enfrenta o mundo.

3. Equilíbrio emocional

O controle da respiração, o foco e a paciência exigidos na luta ajudam a desenvolver equilíbrio emocional e autocontrole. “No tatame, a gente aprende a respirar quando o corpo quer desistir e a manter a calma quando o coração acelera. Esse treino emocional se transfere para a vida, ajudando a lidar com estresse, ansiedade e desafios pessoais”, comenta. A mulher aprende que o verdadeiro controle está dentro dela, não nas circunstâncias.

A prática regular de jiu-jítsu promove mais disposição e bem-estar para a mulher (Imagem: PeopleImages | Shutterstock)
A prática regular de jiu-jítsu promove mais disposição e bem-estar para a mulher Crédito: Imagem: PeopleImages | Shutterstock

4. Saúde e condicionamento físico

A prática regular melhora o condicionamento físico, a força e a mobilidade, promovendo mais disposição e bem-estar. “As mudanças são impressionantes. Em poucas semanas, as alunas já se sentem mais fortes e com mais energia. Mas o que mais chama atenção é o olhar, o brilho que volta, a confiança que renasce”, afirma Carina Santi. Além da parte estética, o jiu-jítsu contribui para a saúde cardiovascular e o fortalecimento muscular de forma completa.

5. Laços e comunidade

O jiu-jítsu também é um espaço de apoio, amizade e pertencimento. “O tatame é um ambiente de irmandade, onde uma ajuda a outra a evoluir, sem julgamento. Essa rede de apoio faz com que muitas mulheres permaneçam firmes, mesmo nos dias difíceis”, ressalta Carina Santi. Mais do que uma academia , forma-se uma comunidade de mulheres fortes, que crescem juntas dentro e fora do tatame.

Para quem quer começar

Para as mulheres que ainda têm receio de dar o primeiro passo, Carina Santi deixa uma mensagem inspiradora: “Vai com medo mesmo. Ninguém começa pronta, o tatame é o lugar onde você aprende a ser forte. Não espere confiança para começar; comece para se tornar confiante”.

Por Gabriela Andrade\Correio