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Câmeras corporais nas fardas trouxeram mais detalhes sobre a abordagem dos três políciais militares que foram condenados, na última quarta-feira (12), por roubar torcedores do Vitória, no bairro do Barbalho, em Salvador. O crime aconteceu no dia 1º de fevereiro deste ano.

As imagens mostram a conduta ilícita dos agentes, que ameaçaram um grupo de cinco jovens e exigiram que eles formatassem os celulares. O vídeo foi trazido durante reportagem do programa Bahia Meio Dia, da TV Globo. 

Os três PMs condenados são os sargentos Joseval Silva Santos e Pedro Fabiano Soares Batista, e o soldado Carlos Geraldo de Jesus Almeida Júnior. Eles são acusados pelo roubo dos celulares, agressão e ameaça contra o grupo.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia informou que "não se manifesta sobre decisões judiciais referentes a processos conduzidos pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário, razão pela qual eventuais esclarecimentos devem ser solicitados aos órgãos competentes". 

A corporação reafirma, ainda, que todas as denúncias envolvendo policiais militares são rigorosamente apuradas na esfera administrativa, de forma independente das investigações penais, adotando as medidas cabíveis sempre que identificadas condutas incompatíveis com os valores e deveres da instituição.

A situação aconteceu na Praça Nossa Senhora de Lourdes. Os agentes questionam as vítimas sobre armas de fogo. Em um momento, um dos sargentos chega a desferir um tapa nas costas de um dos jovens rendidos. Eles também exigem que os torcedores entreguem os celulares e apaguem as informações presentes nos aparelhos. 

Vale destacar que no momento em que pede os celulares, o sargento cobre a câmera que usava e apenas o áudio pode ser escutado. A imagem ficou sem aparecer por cerca de 20 minutos e só voltou a ser registrada quando os policiais militares já estavam de volta à viatura.

Joseval Silva Santos foi condenado a 12 anos, dois meses e seis dias de prisão, Pedro Fabiano Soares Batista a nove anos, oito meses e seis dias e Carlos Geraldo de Jesus Almeida Júnior a seis anos, sete meses e dezessete dias, este último em regime semiaberto. Todos também perderam o cargo.

Fonte:BNEWS