Garimpo no Parque Nacional Boqueirão da Onça, na Bahia. — Foto: TV São Francisco

Mais de 150 garimpos ilegais foram destruídos no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na cidade de Sento Sé, no norte da Bahia. A ação foi coordenada pelo Instituto Chico Mendes, pela Polícia Federal e pela Polícia Especializada da Caatinga na quarta-feira (19).

A investigação contou com monitoramento por imagens de satélite e drones para identificar as estruturas montadas pelos garimpeiros. Além de destruir os locais, os policiais inutilizaram máquinas e petrechos que auxiliavam a atividade ilegal.

A área do Parque Nacional foi embargada, o que passa a implicar em punições mais severas para quem voltar a exercer o garimpo ilegal.Garimpo no Parque Nacional Boqueirão da Onça, na Bahia. — Foto: TV São Francisco

Garimpo no Parque Nacional Boqueirão da Onça, na Bahia. — Foto: TV São Francisco

Segundo o ICMBio, será mantida presença constante da equipe no local, que vai passar por uma recuperação ambiental.

A área passou a ser mais explorada em 2017, quando houve a descoberta de ametista em uma profundidade relativamente rasa. A novidade gerou um boom migratório, com a ida de garimpeiros de diversas partes do Brasil para Sento Sé.

De acordo com o ICMBio, as condições encontradas nos garimpos ilegais são insalubres. Os garimpeirosa nao utilizam EPIs, não há um contrato de trabalho formal com garantias trabalhistas e manipulação de explosivos - que é uma atividade ilegal.

Parque Nacional e preservaçãoParque Nacional do Boqueirão da Onça possui 347 mil hectares protegidos para preservação da caatinga e das espécies que vivem na região, como a onça-pintada, a onça-parda e a arara-azul-de-lear. — Foto: Marcelo Brandt/G1

Parque Nacional do Boqueirão da Onça possui 347 mil hectares protegidos para preservação da caatinga e das espécies que vivem na região, como a onça-pintada, a onça-parda e a arara-azul-de-lear. — Foto: Marcelo Brandt/G1

A região do Parque Nacional do Boqueirão da Onça é considerada uma área prioritária para a conservação do bioma Caatinga. Junto com a Área de Proteção Ambiental do Boqueirão da Onça, ela representa a maior área de caatinga preservada do Brasil.

Diversas espécies ameaçadas e bandeiras para a conservação são encontradas na área: onça-parda e pintada, tatú-bola, tamanduá bandeira, arara-azul-de Lear, dentre outras.

A região comporta ainda milhares de sítios arqueológicos e paleontológicos, com pinturas rupestres, representando importante registro histórico-cultural para a humanidade.

G1