
A China executou nesta terça-feira (9) um ex-executivo de uma importante empresa financeira controlada pelo Estado após condená-lo por corrupção, informou a imprensa estatal.
Bai Tianhui, ex-diretor-geral da China Huarong International Holdings (CHIH, na sigla em inglês), foi declarado culpado de aceitar mais de US$ 156 milhões (R$ 847 milhões) em troca de tratamento favorável na aquisição e financiamento de projetos entre 2014 e 2018, segundo a televisão estatal CCTV.
O ex-banqueiro foi executado nesta terça-feira em Tianjin após um encontro com sua família, segundo a a emissora, sem especificar como ele foi executado.
A CHIH é uma subsidiária da China Huarong Asset Management, uma empresa de gestão de dívidas.
A empresa é alvo da campanha anticorrupção do líder chinês, Xi Jinping. Ex-presidente do grupo, Lai Xiaomin foi executado em 2021 por receber US$ 253 milhões em subornos.
As condenações à pena de morte por corrupção na China geralmente são determinadas com um adiamento de dois anos e depois são comutadas para prisão perpétua.
Bai apresentou um recurso contra a condenação, emitida em maio de 2024 na cidade de Tianjin, mas o principal tribunal do país ratificou a sentença em fevereiro.
"[O ex-banqueiro] aceitou subornos de um valor excepcionalmente alto, as circunstâncias de seus crimes foram excepcionalmente graves, o impacto social foi especialmente atroz e os interesses do Estado e do povo sofreram perdas excepcionalmente significativas", afirmou a CCTV, que citou o tribunal.
A China mantém em segredo os números da pena de morte, embora a Anistia Internacional e outros grupos de defesa dos direitos humanos afirmem que milhares de pessoas são executadas a cada ano no país.
Fonte:Folha de São Paulo
0 Comentários