O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, deve deixar o governo nas primeiras semanas de 2026. Ele e Lula já conversaram sobre o assunto.
O presidente deseja que ele fique mais tempo no cargo, até mesmo para encontrar um sucessor à altura, segundo integrante do governo. E por isso a data de saída ainda não foi definida.
O ministro segue prestigiado pelo presidente. Mas, depois de dois anos na Justiça, estaria com a sensação de dever cumprido.
Em sua gestão, o ministério apresentou um arcabouço legal para o combate ao crime organizado. Além da PEC da Segurança, Lewandowski elaborou o PL Antifacção, propôs o aumento de penas para crimes ambientais, retomou a demarcação de terras indígenas e firmou 12 acordos internacionais visando o combate ao crime.
Integrantes do governo afirmam que o ministro deu cara a um projeto amplo de combate ao crime, algo que a esquerda não tinha até então.
A sinalização de que Lewandowski deixaria o governo antes da reforma ministerial de abril já havia sido dada por ele em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada no dia 22.
Ao declarar apoio à divisão de sua pasta em dois ministérios —o da Justiça e o da Segurança Pública—, ele foi questionado sobre qual dos dois assumiria. E respondeu, em tom de brincadeira: "Vou ser ministro dos meus netos".
Mônica Bergamo/Folhapress
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