Principais áreas de shows da capital infringem lei do som

Concha Acústica do Teatro Castro Alves: vizinhos reclamam de barulho
Concha Acústica do Teatro Castro Alves: vizinhos reclamam de barulho

Iniciada a temporada de ensaios de bandas e de cantores para o próximo verão, em Salvador, um estudo realizado por uma empresa especializada em engenharia sonora detectou que, dentre os 11 principais locais de shows de música da cidade, dez não respeitam a legislação que controla a poluição sonora. O volume dos espetáculos atinge residências, igrejas, delegacias de polícia e até hospitais com uma quantidade de decibéis (dB) muito acima do permitido pela legislação, segundo relatório de medição sonora executada por uma equipe de especialistas, durante um ano, a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O estudo aponta que a falta de controle do volume da música causa graves transtornos para os moradores vizinhos às casas de espetáculo, inclusive podendo desencadear distúrbios psicológicos nos mais atingidos. Os engenheiros alertam que os espectadores dos shows, os técnicos de som e até os músicos expostos ao elevado volume de decibéis estão sofrendo problemas de acuidade sonora, podendo chegar a desenvolver surdez.

Elaborado pela Sonar Engenharia – empresa com mais de 30 anos de experiência na área –, o estudo é resultado de pedido das 5ª e 6ª promotorias de Meio Ambiente do MP-BA, após inúmeras reclamações de pessoas atingidas pelo problema. Os proprietários de casas de eventos e produtores culturais de Salvador assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP-BA, contratando a Sonar para fazer a aferição.

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