PMs envolvidos em morte na BA-535 são afastados

Os três policiais militares que participaram da abordagem na Via Parafuso, em Camaçari (BA-535), na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que resultou na morte  do auxiliar de produção Nivaldo do Carmo Alves, de 25 anos, na noite de domingo, 9, foram afastados do serviço operacional.
De acordo com o comandante do 12º BPM, Tenente Coronel Demósthenes Pereira, os PMs foram levados à corregedoria ainda no domingo à noite.  O tenente coronel explica que uma punição aos policiais ocorre caso haja uma condenação pela Justiça. "O inquérito policial militar foi instaurado para investigar a situação e no prazo de 45 dias será encaminhado ao Ministério Público, independente do resultado", afirma.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pelos policiais, eles suspeitaram de um carro e duas motos que trafegavam em baixa velocidade pela Via Parafuso. Quando a viatura se aproximou, os veículos aceleraram cada um em uma direção diferente. Uma das motos estaria com duas pessoas, que fugiram a pé ao chegarem a uma borracharia.

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Os PMs alegam que ouviram tiros e ao revidarem atingiram Nivaldo. O outro indivíduo conseguiu fugir. Os policiais ainda disseram que encontraram uma pistola Bereta calibre 22 com quatro munições intactas próximo à mão de Nivaldo.
Nivaldo foi levado ao Hospital Geral de Camaçari pelos próprios PMs , mas não resistiu. O fato foi registrado no plantão central da 8ª DT (CIA), mas será encaminhado para a 18ª DT (Camaçari). Ele não possuía antecedentes criminais. Nivaldo foi sepultado nesta segunda-feira, 10, à tarde, no cemitério de Parafuso.
Revolta - Os moradores do distrito de Parafuso, em Camaçari, mostraram o tamanho da revolta com a morte de Nivaldo do Carmo Alves, queimando dois micro-ônibus e com o bloqueio à BA-535 (Via Parafuso), na manhã desta  segunda, 10. Segundo os parentes, Nivaldo estava chegando em uma borracharia com sua moto. Os policiais mandaram parar, mas ele avançou e acabou sendo baleado.
"Ele não tinha carteira de habilitação e ficou com medo de a moto ser apreendida. Tomou o primeiro tiro nas costas e caiu. Saiu correndo e os policiais foram atrás e deram mais dois tiros no peito à queima-roupa", conta Júlio do Carmo, primo de Nivaldo. "Três pessoa pediram para os policiais não matarem, mas eles executaram meu primo covardemente. Mataram um trabalhado", completa.

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