PM abre investigação contra soldado que viralizou ao cantar música dentro de bar em Salvador

 

PM abre investigação contra soldado que viralizou ao cantar música dentro de bar em Salvador
Crédito da Foto: leitor/Aratu On

A Polícia Militar abriu um Processo Disciplinar Sumário (PDS) contra o soldado Wellington Ferreira, conhecido como "Amado Cigano". A informação está em um Boletim Geral Ostensivo obtido pela reportagem do Grupo Aratu nesta quinta-feira (11/2). O agente se tornou conhecido após um vídeo dele circular nas redes sociais. As imagens mostram o policial, fardado, cantando uma música dentro de um bar no bairro de Itapuã, em Salvador.

O documento, do Corregedor-Chefe da PM, aponta que o tenente coronel Mauro de Souza Araújo vai levantar as informações relativas ao processo em um período de 30 dias. Ainda de acordo com a decisão, além de aparecer cantando, Wellington "não utilizava máscara de proteção, contrariando as orientações das autoridades de saúde em relação a pandemia". Vale lembrar que as imagens mostram o soldado com uma garrafa de água em mãos.

Caso-Ferreirinha

Procurada pelo Aratu On, a assessoria da Polícia Militar informou que só se pronunciará após o fim da apuração.

FAMA

A cena foi gravada no dia 29 de janeiro. Menos de 24 horas depois, "Cigano" viu sua carreira de cantor decolar. "Eu e um colega estávamos com a viatura parada, em Itapuã, dando apoio, e descemos para comprar uma água. Quando tirei a máscara para beber, me reconheceram e me pediram para cantar", contou ao Aratu On. Há dois anos, ele concilia a carreira na Polícia Militar com a música, com direito a shows, lives e dois CDs.

Ferreira, que é lotado na 40ª Companhia Independente (CIPM/Nordeste de Amaralina), relatou que quis desconstruir a imagem de "polícia opressora". "Eu não quis que pensassem que eu iria recusar por estar fardado. A música veio para mim como uma 'válvula de escape'; é minha terapia. Vejo muitos colegas passando por situações complicadas, de depressão e até suicídio, então sempre quis ser força, talvez até inspiração". 

O caso, porém, ganhou repercussão também dentro da corporação. Um texto, disseminado nas redes sociais, alertava que o soldado havia sido afastado da Operação Apolo - unidade especializada. Procurado novamente pelo Aratu On, Wellington falou no dia 30 de janeiro que a situação foi resolvida. "A princípio, temos que responder aos nossos superiores, mas ja foi tudo resolvido, graças a Deus".

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