Bolsonaro volta a criticar medidas restritivas; "devemos lutar é contra o vírus e não contra o presidente"

 Bolsonaro volta a criticar medidas restritivas; "devemos lutar é contra o vírus e não contra o presidente"  


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas restritivas adotadas por governadores do país para tentar frear o avanço da Covid-19. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (22/3), o chefe do Executivo nacional afirmou que é preciso “lutar contra o vírus e não contra o presidente”.

“Eu devo mudar o meu discurso? Eu devo me tornar mais maleável? Devo ceder? Fazer igual a grande maioria tá fazendo? Se me convencerem do contrário, faço, mas não me convenceram ainda. Devemos lutar é contra o vírus e não contra o presidente”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro falou ainda que, se dentro de 30 dias a Covid-19 acabasse por conta do lockdown, ele aceitaria a medida. “Parece que no mundo todo só no Brasil tá morrendo, gente. Lamento o número de mortes. Qualquer morte. Não sabemos onde isso vai acabar. Se vai acabar um dia. […] Se ficar em lockdown 30 dias e acabar com o vírus, eu topo, mas sabemos que não vai acabar”, completou. 

Durante sua fala, Bolsonaro ainda citou a declaração de um representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o lockdown. Durante uma entrevista, publicada em outubro do ano passado, David Nabarro disse que é preciso encontrar uma forma de retomar a vida social e a atividade econômica sem que isso signifique aumento no número de casos e mortes pela Covid-19.

“Me chamam de negacionista ou de ter um discurso agressivo. Respeite a ciência! [O lockdown] não deu certo. Não estou afrontando ninguém. Estou seguindo a OMS. Não podemos transformar os pobres em mais pobres”, afirmou Bolsonaro.

A fala acontece depois de centenas de empresários e economistas renomados, entre eles ex-ministros da Fazenda, ex-presidentes do Banco Central e banqueiros, divulgarem uma carta com o título: “O país exige respeito: a vida necessita de ciência e de um bom governo”, com críticas e sugestões de ações para combate à pandemia, que tem seu pior momento no Brasil. 

Foi a segunda fala de Bolsonaro sobre a pandemia no mesmo dia. Também na segunda-feira, o chefe do Palácio do Planalto ressaltou que o Brasil tem “dado certo”, apesar da crise 

Aratu

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