Policiais acusam Bolsonaro de “traição” e articulam protesto nacional

 

As movimentações do presidente Jair Bolsonaro estão irritando até mesmo a categoria que mais lhe deu votos e mais lhe defendeu

Integrantes da União dos Policiais do Brasil (UPB), que engloba mais de 20 carreiras da segurança pública, acusaram o capitão da reserva de “traição”.

Além disso, delegados, peritos, agentes da PF, policiais rodoviários federais, PMs, investigadores e guardas municipais ameaçam realizar uma série de protestos em cidades de todo o país nesta quarta-feira (10/03).

Constantemente, o presidente recua em promover benefícios para as forças de segurança e privilegia apenas o alto comando das Forças Armadas, como generais e coronéis, com promoções e aumentos salariais.

Recentemente, prometeu apoio aos pedidos das categorias para serem poupados de congelamentos na PEC Emergencial. Porém, não cumpriu e o texto enviado à Câmara Federal pelo Senado teve apoio do Planalto. Para completar, o filho de presidente, o senador Flávio Bolsonaro votou contra a exclusão dos policiais da PEC.

“É um movimento de traição, são montadas estratégias deixando o Congresso ser culpado. Com Rodrigo Maia era mais fácil. Agora, no Senado, o governo votou contra a emenda defendida pelos policiais. É uma estratégia de fazer um discurso público e nos bastidores fazer outra coisa”, disse à Folha o presidente da Fenapef, a federação dos policiais federais, Luís Antônio Boudens.

O presidente da federação dos policiais rodoviários federais, Dovercino Borges Neto, segue a mesma linha de raciocínio e diz que Bolsonaro sinaliza apoio aos policiais para “jogar pra galera”.

Segundo os policiais, como por lei eles são proibidos de fazer greve, o plano é realizar paralisações ao longo do dia de amanhã.

Informe Baiano

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