Máquina de cinco toneladas furtada na Cidade da Polícia Civil é recuperada

Máquina havia sido furtada no ano passado, logo após ser leiloada

A máquina fabricadora de cigarros que havia sido furtada da Cidade da Polícia, na Zona Norte, foi recuperada na manhã desta sexta-feira. O equipamento foi localizado no Mercado São Sebastião, na Penha, na mesma região da cidade, durante uma operação da Corregedoria Interna da Polícia Civil, que contou com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). O equipamento, que tem cerca de seis metros de comprimento e pesa cinco toneladas, estava pintado de outras cores.

A busca e apreensão foi determinada pelo juiz Orlando Eliazaro Feitosa, de plantão no Tribunal de Justiça do Rio. Na representação, a Polícia Civil relata ter aberto um inquérito para apurar o furto da máquina, que ainda tem a autoria ignorada. A localização do equipamento foi fornecida a partir de uma ligação para o Disque-Denúncia nesta quinta-feira.

Máquina pesa cinco toneladas e foi pintada com outras cores — Foto: Reprodução
Máquina pesa cinco toneladas e foi pintada com outras cores — Foto: Reprodução

Após a apreensão, o equipamento modelo MK8 PA7 deverá passar por uma perícia para confirmar se trata-se da máquina furtada ou se suas peças foram utilizadas nele. Ao RJTV, o advogado da empresa informou que a máquina encontrada no local não é a mesma que sumiu da Cidade da Polícia. E que, inclusive, apresentou nota fiscal do equipamento.

Como O GLOBO mostrou, a peça furtada estava num galpão onde fica o depósito de bens apreendidos da Delegacia de Cargas, que fica nos fundos da Cidade da Polícia, até fevereiro do ano passado. A máquina havia sido apreendida durante operação realizada em julho de 2022, em uma ação de outra unidade, o Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro.

O equipamento avaliado em R$ 550 mil foi arrematado pela empresa Indústria Amazônica de Cigarros Ltda, que o adquiriu por R$ 165 mil. O cadastro da vencedora do leilão, realizado em 22 de junho do ano passado, consta como baixado do Cadastro Nacional de Pessoal Jurídica (CNPJ) desde o dia 19 de dezembro do ano passado.

A polícia percebeu o sumiço do aparelho no mesmo mês em que foi leiloado, quando um oficial de Justiça esteve na Cidade da Polícia, na companhia do representante da empresa vencedora para verificar as condições do bem comprado e não encontraram o equipamento. Além da máquina de fabricar cigarros, a mesma empresa arrematou três máquinas embaladoras, estas por R$ 135 mil, sendo que eram avaliadas em R$450 mil.

Os equipamentos que faziam parte de um lote maior, foram a leilão inicialmente em 8 de fevereiro do ano passado. Como não houve interessados, na ocasião, o leiloeiro comunicou à Justiça do Trabalho. Por indicação do Ministério Público do Trabalho foi nomeada então, para dar prosseguimento, a leiloeira Tassiana Menezes, que já costumava atuar em processos do Tribunal Regional do Trabalho.

A leiloeira conta que surgiram vários interessados, mas reclamou da burocracia que era a visitação dos equipamentos na Cidade da Polícia. Segundo Tassiana, as visitas precisavam ser agendadas com antecedência. Ela acrescentou que as primeiras visitas foram acompanhadas por integrantes de sua equipe. Tassiana disse ainda que achou estranho o sumiço de uma máquina tão pesada e complexa. 

Extra o Globo

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