Na próxima sexta-feira (15/08), o
Fórum Jorge Calmon, em Jacobina, sediará o júri popular de Jucelina
Pereira da Silva, acusada de participar do assassinato do próprio
marido, Délcio Pereira de Araújo, morto aos 44 anos em setembro de 2013
na comunidade de Cachoeira Grande, zona rural do município. Na época do
crime, Jucelina tinha 28 anos de idade.
O
crime ocorreu na madrugada do dia 27 de setembro de 2013, na Fazenda
Várzea do Mato, poucas horas após a comemoração do aniversário de 10
anos do filho do casal. De acordo com as investigações da Polícia Civil,
Délcio foi brutalmente espancado até a morte por Jucelina e por José
Carlos Cardoso dos Santos, 47 anos, apontado como amante da acusada.
As
apurações indicam que, após o fim da festa, José Carlos retornou ao
local e foi surpreendido por Délcio. O comerciante teria tentado atirar
no suspeito com uma espingarda, mas foi impedido pela esposa. Na
sequência, Jucelina e José Carlos teriam desferido golpes violentos
contra a vítima, que foi arrastada para o terreiro da casa.
Inicialmente,
Jucelina afirmou à polícia que o marido havia sido vítima de um
assalto. No entanto, contradições no depoimento levaram os
investigadores a desconfiar da versão. Pouco depois, ela confessou
envolvimento no crime. Para simular o latrocínio, a mulher escondeu
dinheiro no forro de um colchão e colocou um aparelho de DVD e um som
embaixo de uma árvore.
O
caso gerou grande comoção na região. Familiares da vítima afirmam que
já haviam alertado Délcio sobre a relação extraconjugal da esposa e que
ele pretendia encerrar o casamento após o aniversário do filho.
Jucelma
e José Carlos chegaram a ser presos preventivamente em 2013, mas
obtiveram liberdade cerca de um ano depois. José Carlos foi assassinado
posteriormente, em circunstâncias não relacionadas ao processo. Assim,
apenas Jucelina será julgada nesta semana.
Délcio
era comerciante e bastante conhecido em Cachoeira Grande. Ele deixou
dois filhos, que na época eram menores e hoje já são adultos.
Fonte: Jacobina 24h