A Polícia Civil do Amapá investiga o
assassinato de oito homens em uma área de garimpo ilegal localizada na
divisa entre Laranjal do Jari (AP) e Almeirim (PA). O grupo, formado por
nove amapaenses, foi atacado no início da semana, e a principal
suspeita é de que tenha sido confundido com criminosos que teriam
cometido um roubo na região dias antes. Apenas um integrante escapou com
vida.
O
oitavo corpo foi localizado no fim da tarde desta sexta-feira (8) por
equipes do GTA (Grupo Tático Aéreo) do Amapá. Ele estava desaparecido
desde o ataque e foi encontrado no rio Jari, sem identificação
confirmada.
De
acordo com as apurações, os nove homens saíram do Amapá na sexta-feira
(1º) para visitar uma área na fronteira entre os estados. O trajeto
incluiu deixar duas caminhonetes em um ponto de apoio e seguir de barco
até o local de interesse.
Na
segunda-feira (4), já no retorno, eles utilizaram internet via satélite
para avisar familiares que estavam a caminho de Laranjal do Jari. Pouco
depois, a comunicação foi interrompida e não houve mais notícias.
As
famílias procuraram a delegacia na terça (5), e no dia seguinte
moradores localizaram as duas caminhonetes incendiadas em um ramal
isolado na região sul do Amapá.
As
buscas mobilizaram forças policiais do Amapá e do Pará. Os corpos foram
encontrados em pontos diferentes, tanto no rio quanto em áreas de
floresta. O sobrevivente contou ter se escondido na mata até conseguir
chegar a uma comunidade ribeirinha, onde pediu ajuda.
As
vítimas, cujos nomes ainda não foram divulgados, viviam em Laranjal do
Jari, no distrito de Lourenço (Calçoene) e em Macapá. Segundo a polícia,
as vítimas eram trabalhadores sem ligação com atividades criminosas. A
maioria atuava no garimpo, principalmente em concessões da região de
Lourenço, e uma delas trabalhava na intermediação de compra e venda de
terras.
A
Polícia Civil afirma que já há suspeitos identificados, mas ninguém foi
preso. O inquérito corre sob sigilo e é conduzido em conjunto com
autoridades paraenses. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do
Amapá montou uma força-tarefa para apoiar as investigações.
Fonte: Noticias ao Minuto
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