A vereadora de Porto Alegre Karen Santos (Psol) criticou a operação da polícia no Rio de Janeiro contra criminosos do Comando Vermelho, realizada nesta semana. Durante discurso na tribuna da Câmara Municipal na última quarta-feira, 29, a psolista disse que bandidos que fazem o translado das drogas seriam “trabalhadores megaexplorados sem direito algum”.
“Se não usarmos mecanismos estratégicos e inteligentes, vamos seguir acumulando números de pessoas que são assassinadas em uma guerra que não faz sentido algum”, afirmou a parlamentar, ao sugerir que o comércio de entorpecentes deve ser legalizado no Brasil. Segundo a vereadora porto-alegrense, a “droga é uma mercadoria, como a bebida, o cigarro, o açúcar e o café”. Em trecho de seu discurso, ela ainda tentou explicar o que definiu como “cadeia produtiva” do setor fora da lei.
Vereadora do Psol chamou a operação de “chacina”
Karen questionou a efetividade da ação contra a segunda maior facção do país (presente em 24 Estados) ao chamá-la de “chacina”. De acordo com a integrante do Psol, a guerra contra as drogas no Brasil “não tem efetividade” porque causa “segregação racial” que vitima “jovens negros”.
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A vereadora não mencionou, contudo, os quatro policiais que foram mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho. Os traficantes dos complexos da Penha e do Alemão assassinaram Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos; Marcus Vinícius Cardoso, de 51; Rodrigo Velloso, de 34; e Cleiton Serafim Gonçalves, de 42. A parlamentar ainda acusou os políticos da direita de usar a megaoperação para “promover o ódio”.
Maioria da população carioca aprova a operação
Diferentemente de Karen Santos, a maioria dos cariocas aprova a megaoperação policial contra o tráfico de drogas, segundo pesquisa do Datafolha. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a população aplaudindo os agentes nas ruas da capital fluminense.
O levantamento, feito por telefone de quinta-feira 30 a sexta-feira 31, ouviu quase 630 eleitores. Do total, 38% avaliaram a operação como totalmente bem-sucedida, e 18% aprovaram parcialmente. Já 27% consideraram a ação um fracasso.
Fonte:Revista Oeste
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