Operação da PF prende dono de rede de supermercado em Ilhéus

Durante a operação, funcionários aguardavam do lado de fora da loja
Durante a operação, funcionários aguardavam do lado de fora da loja
Uma pessoa foi presa durante a “Operação Mercado Livre”, desencadeada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com a Receita Federal, na manhã dessa quarta-feira (18), em Ilhéus, sul da Bahia (a 462 km de Salvador).
Hebert Moreira Dias, um dos donos da Rede de supermercado Meira, foi preso quando agentes da PF encontraram em sua residência, uma pistola 9 milímetros com 80 munições e mais 150 cédulas de dinheiro falsas, cujo valor não foi divulgado.
Na operação, a PF cumpria quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Ilhéus e tinha como objetivo o combate à sonegação fiscal e à utilização de "laranjas" pelos reais proprietários da rede de supermercados, que possui 11 lojas, sendo duas em Itabuna e nove em Ilhéus.
De acordo com a PF, a estimativa de prejuízo aos cofres públicos é superior a R$17 milhões, desviados através do método de sonegação conhecido como "mata-mata". O grupo criava uma razão social fantasma ou simulada, para onde eram direcionados os tributos. Em seguida, o endereço da razão social simulada é transferido ou a empresa é declarada inativa, abrindo-se, no mesmo lugar, outra empresa que desenvolveria a mesma atividade e continuaria utilizando o nome fantasia da anterior.
Nas investigações, a PF apurou que foram constituídas divesas empresas utilizando o nome fantasia da rede, porém, foram inseridos nomes de terceiros como sócios, com a finalidade de que os verdadeiros proprietários se eximissem de responsabilidades tributárias. Como esses “sócios” não são os detentores do capital e nem administram as empresas, tinha a facilidade de fechamento delas e "desaparecimento" do mundo jurídico tributário, sem bens que guarneçam suas dívidas, deixando débitos para o erário público.
Lojas - Em um dos depósitos da rede, enquanto agentes da PF vasculhavam o local à procura de documentos, funcionários não puderam entrar e aglomeravam-se na porta do estabelecimento. Apesar da operação, as lojas funcionaram normalmente com atendimento ao público. Procurados, os sócios da rede Meira que estavam na sede da PF não quiseram dar declarações.ATARDE

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