Capitão foi preso dentro do batalh]ao Foto: Amanda Santos
Durante
a operação que prendeu, na tarde desta segunda-feira, o capitão Diego
Soares Peixoto dentro do 3º BPM (Méier), agentes da Subsecretaria de
Inteligência da Secretaria de Segurança (Ssinte) flagraram dez carros de
luxo estacionados no pátio do batalhão. Os veículos foram fotografados e
seus donos, identificados. Agora, os dados serão encaminhados à
Corregedoria Geral Unificada (CGU) para que seja instaurada sindicância
patrimonial contra os dez PMs. Entre os carros estacionados, havia um Hyundai Tucson, um Honda Civic, uma caminhonete S10, um Lifan X60, além do Hyundai IX 35, que pertencia ao próprio capitão.
Também
na tarde desta segunda-feira, foi preso o sargento Romildo Rodrigues
Silva, lotado no Comando de Operações Especiais (COE). Ele é primo do
coronel Alexandre Fontenelle, preso há duas semanas acusado de ser o
chefe da quadrilha, e é apontado pelos promotores do Gaeco como "homem
de confiança do oficial". Segundo a denúncia do MP, Romildo acompanhou
Fontenelle "no 24º BPM, no 41º BPM, no 14º BPM, assim como mais
recentemente no COE e está ativamente envolvido com a associação
criminosa, inclusive com vínculos diretos com integrantes do então
Estado-Maior do 14º BPM".
Agentes encontraram R$ 2 mil no carro de oficial Já
Peixoto, que atualmente estava lotado no 3º BPM (Méier), é acusado de
receber “por semana, no mínimo, a importância de R$ 150,00 (cento e
cinquenta reais) de cada ala de policiais de cada equipe de
policiamento”. De acordo com a denúncia, Peixoto trabalhava diretamente
para o major Nilton João Prazeres Neto. Os dois foram acusados pelos
promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) de fazerem parte da quadrilha de PMs que cobrava propina de
mototaxistas, comerciantes e empresários no 14º BPM (Bangu). Relembre o caso:
A
operação Amigos S. A., desencadeada há duas semanas pela Sssinte e pelo
Gaeco terminou com a prisão de 24 PMs, sendo seis oficiais — todos do
14º BPM. Segundo o MP, cabia ao coronel Alexandre Fontenelle, então
comandante do batalhão, o papel de chefe da quadrilha e principal
beneficiado pela “balcão de negócios” instalado no batalhão. Agora, os
investigadores se debruçam sobre os bens do oficial. Os promotores
suspeitam que ele lavava o dinheiro obtido com propinas comprando e
vendendo imóveis.
Celulares e munição apreendidos na casa do oficial O
resultado da operação culminou com uma crise na cúpula da PM, já que um
dos presos aceitou o benefício da delação premiada e afirmou que o
"Estado Maior da PM" recebia repasses de R$ 15 mil de todos os
batalhões. O policial foi libertado por determinação pela Justiça. O MP
já abriu inquérito para investigar o casohttps://extra.globo.com
0 Comentários