A reeleição do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Adolfo Menezes (PSD), é considerada “intocável” pelo governo Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ressaltou esta terça (28) ao Política Livre uma fonte ligada ao Palácio de Ondina, a eventual retirada da candidatura do pessedista ao comando da Casa sequer é cogitada pelo Executivo, ao contrário de especulações de parte da imprensa.
No início da noite de hoje, Adolfo vai se reunir com Jerônimo e com o líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), para tratar da sucessão no Legislativo. O encontro, que ocorreria a partir das 12h, em um almoço no Centro Administrativo da Bahia (CAB), conforme informado ontem (27) pelo site, foi remarcado pelo governador por conta do atraso em compromissos na agenda.
A pauta da reunião, que terá ainda a participação do secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola (PT), é a disputa pela 1ª vice-presidência da Assembleia. Adolfo Menezes tem o apoio total de Jerônimo para seguir no cargo de presidente, mesmo com a possibilidade de a reeleição ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) em função da jurisprudência da Corte contra a terceira recondução para cargos das Mesas Diretoras dos Legislativos.
A avaliação do governo é que o atual presidente da Assembleia tem sido leal e correto, além de não “dar trabalho” a Jerônimo, ao contrário dos antecessores. Além disso, Adolfo Menezes tem o apoio de 62 dos 63 deputados, incluindo o próprio, bem como de lideranças políticas como os senadores Jaques Wagner (PT), Otto Alencar (PSD) e Angelo Coronel (PSD).
O presidente costura um acordo político para evitar uma disputa pela vice, envolvendo a mudança no regimento interno do Legislativo baiano para fixar um prazo determinando a realização imediata de nova eleição caso a presidência fique vaga por decisão judicial.
Rosemberg é candidato a vice. Estimulado pelo pai, o senador Angelo Coronel (PSD), o deputado Angelo Coronel Filho (PSD) ameaça disputar o cargo se não houver mudança no regimento para impedir que o petista, caso Adolfo seja impedindo de exercer o terceiro mandato, permaneça no comando da Assembleia.
Jerônimo já avisou aos aliados e disse publicamente ontem ser a favor de que o PSD tenha garantias de que seguirá no comando da Assembleia nos próximos dois anos. Ele se tornou avalista do acordo firmado entre Adolfo, Wagner e o deputado federal Diego Coronel (PSD) envolvendo a mudança no regimento para evitar bate-chapa. Resta agora quebrar a resistência de Rosemberg.
Política Livre
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