Com Lula fora do país e Haddad de férias, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, escalou Rui Costa, chefe da Casa Civil, para negociar com líderes da Câmara e tentar evitar a derrubada do decreto do IOF. A reunião, no entanto, teve um desfecho negativo. Em vez de buscar apoio, Costa adotou um tom acusatório, responsabilizando o Congresso pelo descontrole fiscal, citando medidas como a desoneração de setores, o piso da enfermagem e mudanças na Previdência. A informação é do Radar, da Veja.
A fala de Costa irritou os parlamentares, sobretudo porque o próprio PT apoiou ou foi autor de algumas dessas medidas, como o piso da enfermagem. Deputados presentes criticaram a postura do ministro, dizendo que esperavam mais humildade. O líder do MDB, Isnaldo Bulhões, ironizou a ausência anterior de Costa com um comentário sarcástico, e outros parlamentares lembraram que ele não participou da reunião decisiva sobre o tema realizada dias antes.
O tom confrontador de Costa foi visto como arrogante e, segundo relatos, acabou fortalecendo o movimento contrário ao decreto. Horas depois da tensa reunião, a Câmara aprovou com ampla maioria — 346 votos — o texto que acelera a derrubada da medida do governo, evidenciando o desgaste político causado pela condução da articulação.
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