"Tive uma arma apontada para a minha cabeça. Ser honesto custa caro"

corretor de imóveis, Hilton Garcia, 40 anos, chegava em casa após um dia de trabalho com a esposa e as duas filhas - uma de ano e oito meses e outra de seis anos, quando um assalto transformou a vida deles. "Foram dois carros. Um celta e um corsa. Os dois pararam próximo ao meu veículo, enquanto eu já havia estacionado para entrar no edifício, no bairro do Luis Anselmo", relatou a vítima à equipe de reportagem do Bocão News.
 
"Os homens - sei que tinham três em um carro e no outro não consegui contabilizar quantos havia, desceram fortemente armados e já apontando a arma para minha cabeça e para minha filha de seis anos, que urinou de susto. Minha esposa já estava próxima do portão com nossa filha mais nova e quando tudo começou minha mulher começou a rezar quando viu uma arma apontada para a minha cabeça", contou o corretor, que disse nunca ter passado por isso antes.
 
Segundo Hilton, os ladrões o abordaram fora do veículo e "começaram a fazer uma limpa no carro. Levaram o som, abriram a mala e levaram todos os meus pertences. Tinha uma pasta com meus documentos e com documentos dos meus clientes. Isso tudo foi por volta das 23h, na Rua Margarida. Por estar escuro só consegui gravar o número da placa do Corsa - 4872, que deve ser roubado. As letras não consegui ver", disse.
 
Todos os documentos da vítima foram levados, além de R$ 1 mil que estavam na carteira. "Foi tudo muito rápido e desesperador. Prestei queixa na 6ª delegacia, que fica nos Galés e digo que me sinto sem segurança. Não temos segurança e me sinto impotente diante da situação.", afirmou Garcia, que contou ao Bocão News que a esposa dele não para de chorar. 
 
"Minha filha mais velha não quer sair de casa e não dormiu no apartamento, com medo. Não sei mais onde esta violência irá parar".
 
Diante deste relato, é possível perceber a insegurança na qual se encontra a população de Salvador. Medo é a palavra mais comum quando se fala em sair de casa, principalmente à noite. Com ou sem polícia nas ruas, nem os políticos estão a salvo. Na tarde de ontem,vice prefeito de Lauro de Freitas teve o carro roubado e uma arma apontada para a cabeça.

"Meu carro não foi levado. Mas pouco importa.  Tive uma arma apontada para a minha cabeça. Ser honesto custa caro. Podia ter perdido minha vida", concluiu Hailton, mais uma vítima da violência.

Postar um comentário

0 Comentários