O diretor estatutário do grupo Fast Shop, Mario Otávio Gomes, é um dos quatro presos na operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), realizada nesta terça-feira (12), para desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores-fiscais tributários da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo.
De acordo com informações do Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), o esquema, que começou em maio de 2021, fraudava o ressarcimento de créditos do ICMS e favoreceu empresas como a Fast Shop e a Ultrafarma. Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma também está entre os presos.
Mario Otávio Gomes atuava na função de diretor estatutário há mais de uma década na Fast Shop. Mas, já estava a cerca de 30 anos na empresa. De acordo com as investigações, ele era o principal responsável por negociar um contrato com a empresa Smart Tecs para, supostamente, prestar serviços tributários. As informações apontam que a empresa contratada recebeu mais de R$ 1 bilhão em transações com a Fast Shop.
Ainda segundo a apuração do Ministério Público, esse contrato era o meio por onde era paga a propina ao auditor da Receita Estadual de São Paulo, Artur Gomes da Silva Neto, que também foi preso.
Foram encontradas mais de 200 mensagens entre Mario Otávio e Arthur no mesmo período da transação bilionária. Além disso, a Smart Tecs estaria em nome da mãe de Arthur e seria uma empresa de fachada.
O diretor estatutário da Fast Shop também é apontado como um dos líderes do esquema e pode responder por corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Fonte:Correio
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